Século XX
1900
O fim do mundo não veio. E a moda dos sapatos não mudou muito. O estilo Rainha Victoria, com suas botas pretas, não se alterou muito mesmo após a sua morte em 1901. Durante o dia botas, à noite os modelos variavam com aplicações de bordados, fitas e altura dos saltos. Começa a era industrial, e com ela a possibilidade de adquirir novos pares de sapatos com maior freqüencia.
1910
Uma década marcada pela I Guerra Mundial. Os homens saem para o combate. Surge a necessidade de sapatos mais práticos para as mulheres que começavam a trabalhar em fábricas. Uma variedade de materiais começa a ser utilizada na confecção de sapatos. Surgem os sapatos bicolores. E, ao final da década a moda esportiva conquista popularidade, e nasce o tênis.
1920
A euforia toma conta do mundo. O direito de votar conquistado pelas mulheres, a proliferação do jazz, a desenvolvimento da mídia de massa, a influência do “Charleston”, resultam em sapatos bicos finos, saltos alto tipo carretel com pulseiras sobre o peito do pé fechadas por botões forrados.
1930
Chega a Depressão, o interesse pelo comunismo e o nome Hitler. Mas, em contrapartida o glamour do cinema falado e suas estrelas como Fred Astaire e Greta Garbo. Os sapatos seguiram o a segunda corrente. Defendidos por grandes estilistas como Salvatore Ferragamo e André Perugia, surge o magnetismo das plataformas e sandálias.
1940
O cinema agora, serve como poderosa arma de propaganda para a II Guerra Mundial. Um tempo de escassez. Os materiais alternativos como tecidos, cortiças, telas, peles de répteis, entre outros, entram em cena. Continua em cartaz plataformas e sandálias.
1950
A alta estima cresce no pós guerra. Com ela a feminilidade, sexualidade e a altura dos saltos finos. O símbolo pode ser traduzido por Marilyn Monroe. No rock, Elvis Presley, trouxe para a juventude dançar, muito tenis, sapatilhas e botas pretas.
1960
Os jovens assumem definitivamente um lugar de destaque. Com eles a rebeldia, os Beatles, Bob Dilan, Andy Warhol, a mini-saia, a pílula anticoncepcional, e a experiência do homem alcançando a Lua. Os sapatos refletem o novo através de cores, texturas, formas e estilos.
1970
Um tumulto cultural, entre hippies e punks, o escândalo do Watergate , a Guerra do Vietnã, os Embalos de Sábado à Noite. Os sapatos nesta década puderam experimentar de tudo. O psicodélico existia. O unissex também. A extravagância era a marca registrada nos saltos, nas plataformas, nas cores , estampas e materiais em geral.
1980
O excesso de capital foi a marca desses anos. Vieram yuppies, punks, Madonna, Prince e Michael Jackson. Para acompanhar, os sapatos seguem a tendência dos estilistas japoneses, com muito preto, saltos baixos, modelos fechados. Começa a era “culto ao corpo” e com ela as grandes campanhas publicitárias, para marcas famosas de tenis.
1990
A diversidade entre tantos temas como internet, ecologia, spiritualidade, tatuagem, piercings, top models, esoterismo, clones, tecnologia ... Faz com que os sapatos sejam livres nos estilos. São plataformas, saltos finos, bicos finos, quadrados, diversos materiais nas mais diversas cores. Assim, cada um de seus usuários podem optar pelo que modelo que melhor traduza sua forma de viver.